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Entenda mais sobre fisiopatologia do Alzheimer e do Parkinson

Já parou para pensar o que de fato acontece com o corpo durante o avanço de doenças? A ciência não só imaginou, como viu a necessidade de criar uma área de estudo só para isso, que se chama fisiopatologia. A palavra é a junção de duas mais conhecidas: “fisiologia”, o estudo do funcionamento do corpo e “patologia”, o estudo de doenças em geral.¹ Vamos ver na prática como isso funciona, com duas condições neurológicas: Parkinson, que afeta o movimento e Alzheimer, cujo maior sintoma é a perda de memória.

Publicado em: 19 de Setembro

Entenda mais sobre fisiopatologia do Alzheimer e do Parkinson

Tópicos:

  • Qual é a fisiopatologia da doença de Parkinson?
  • O que acontece com o cérebro na Doença de Alzheimer?

 

 

Qual é a fisiopatologia da doença de Parkinson?

 

Você já deve ter ouvido falar por aí em neurônios dopaminérgicos, se não, possivelmente já ouviu sobre o que eles liberam: a dopamina. Esse neurotransmissor é responsável pela comunicação entre regiões do cérebro envolvidas na sensação de prazer e motivação. Diante disso, a fisiopatologia identificou que a Doença de Parkinson se desenvolve por conta da degeneração de neurônios dopaminérgicos na substância negra - que ajuda na coordenação dos movimentos -, reduzindo a dopamina no estriado e desregulando os gânglios da base, o que resulta em tremores e lentidão do corpo.

 

Outro achado típico é o acúmulo da proteína alfa-sinucleína formando os chamados corpos de Lewy. Eles desorganizam o funcionamento das células e ajudam a explicar também sintomas não motores, como alterações do sono, do olfato e do humor.²

 

O que faz tudo isso acontecer é multifatorial, ainda não há uma causa certa², mas o ambiente e hábitos podem contribuir para o desenvolvimento da doença.

 

 

O que acontece com o cérebro na Doença de Alzheimer?

 

No Alzheimer, a fisiopatologia identificou que o problema começa nas sinapses, que servem para ajudar na comunicação dos neurônios com o sistema nervoso central, responsável por levar informação ao corpo.

 

Mas como isso funciona? Com duas proteínas importantes para o funcionamento dos neurônios: a proteína beta-amiloide se acumula do lado de fora dos neurônios em placas, desencadeando inflamação e estresse oxidativo e por dentro, a proteína tau, que estabiliza os microtúbulos (os “trilhos” internos do neurônio), se altera e desorganiza esse transporte. Esse combo estressa as células, reduz a conversa entre circuitos e acelera a morte de neurônios, alimentando um processo neurodegenerativo em cascata que, com o tempo, se traduz em atrofia cerebral visível nos exames.


O resultado prático dessa “confusão” é disfunção cognitiva: falhas na memória do dia a dia, lentidão no raciocínio e um cérebro que vai perdendo eficiência porque seus caminhos de comunicação estão se desfazendo. Na vida real, isso se traduz em dificuldades para atividades do dia a dia³.

 

Há 14 fatores de risco para isso acontecer que são: perda auditiva, baixa escolaridade, hipertensão, obesidade, diabetes, tabagismo, depressão, inatividade física, isolamento social, excesso de álcool, traumatismo craniano (TCE), poluição do ar e, dois mais recentes: perda de visão não tratada e colesterol alto.⁴

 

Para saber mais quais são os estágios do Alzheimer e qual é a diferença entre Alzheimer e demência, leia aqui.

 

Então, na prática, por meio da fisiologia, que tem informações sobre os neurônios, juntamente com todos os estudos de patologia do Parkinson e Alzheimer, foi possível identificar a fisiopatologia das doenças. Com isso, é possível pensar em novos tratamentos e, quem sabe, em alguns casos, terapias que podem modificar o curso das condições.

 

Percebeu sinais em você ou em alguém próximo? Procure seu médico para um diagnóstico e cuidados.

1. American University of Antigua College of Medicine. What Is Pathophysiology? Definition, Role & Examples [Internet]. 2025 Jul 19 [citado 2025 set 22]. Disponível em: https://www.auamed.org/blog/what-is-pathophysiology/ American University of Antigua
2. Ministério da Saúde (BR). Biblioteca Virtual em Saúde. Doença de Parkinson [Internet]. Revisado em 2019 Mar [citado 2025 set 25]. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/doenca-de-parkinson/ bvsms.saude.gov.br
3. Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Doença de Alzheimer: abordagem sobre a fisiopatologia [Internet]. [sem data] [citado 2025 set 25]. Disponível em: https://arca.fiocruz.br/items/42e43f08-7956-4397-9983-3c1ee3b84b0c/full arca.fiocruz.br
4. Alzheimer's Disease International. Fatores de riscos e redução de riscos. [sem data] [citado 2025 set 25]. Disponível em: https://www.alzint.org/about/risk-factors-risk-reduction/

BR25CARD00167

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