Você está deixando A Medida do Abraço

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O acompanhamento do psicólogo

As terapias comportamentais podem ajudar na jornada para diminuir a “medida do abraço”.

Mulher usando telefone

Muitas vezes, a orientação do nutricionista não basta, nem ter o treino montado por um profissional de educação física competente. Falta suporte emocional para persistir. Até fazer exames e seguir com o tratamento proposto pelo médico pode se tornar uma missão árdua.  
 
Preguiça? Falta de força de vontade? Falha de caráter? Que nada! Além das mudanças acontecendo no organismo que está perdendo ou que já perdeu excesso de gordura, muitas delas difíceis de lidar28, nunca se esqueça que a obesidade que aumenta a “medida do abraço” é considerada, também, uma condição cognitiva comportamental.¹
 
Isso quer dizer que, muitas vezes, a pessoa precisa da ajuda de um psicólogo para treinar habilidades capazes de levar à conquista de um peso saudável.²

Além de ser fundamental no tratamento de condições emocionais que, frequentemente, andam de mãos dadas com o excesso de peso — a depressão é uma delas³—, o psicólogo poderá sugerir maneiras para a pessoa conviver com situações que poderiam fazê-la desistir.  
 
Ele também é preparado para perceber quais pensamentos repetitivos alguém costuma apresentar que, no final das contas, servem de gatilho para atitudes que não ajudam em nada na busca de um coração mais saudável.⁴ E, claro, o psicólogo pode ajudar cada um a enxergar o seu próprio valor, deixando a autoestima mais blindada a comentários venenosos e a toda manifestação de estigma relacionado ao peso.⁵
 
Existem terapias comportamentais que duram um tempo limitado e que podem ser aplicadas no tratamento da obesidade.¹,⁶ Nesse sentido, a mais estudada é a terapia cognitivo comportamental, a popular TCC. Ela se mostra bem efetiva para ajudar quem muitas vezes experimenta fome emocional em plena jornada de perda de peso.  
 
Sabe aquela pessoa que acorda disposta a fazer o tratamento certinho até receber uma notícia que deixa o coração abalado ou os nervos à flor da pele? A TCC pode ser uma boa pedida para ela. Quando é focada na perda de peso, traz bons resultados se o acompanhamento do psicólogo dura um período que varia de seis meses a um ano.⁷

Obesidade não é transtorno psiquiátrico!

Há uma confusão por aí. Isso porque pacientes com transtorno de compulsão alimentar costumam apresentar excesso de peso. A mesma coisa tende a acontecer com quem tem síndrome do comer noturno — aquela pessoa que se levanta da cama em plena madrugada e vai direto para a geladeira, às vezes sem nem sequer acordar direito.⁸
 
Mas atenção: transtornos alimentares, como esses dois exemplos, são doenças psiquiátricas, que precisam de tratamento com um médico especializado nelas. Aí, lógico, estamos falando do psiquiatra. Elas causam danos terríveis à saúde física e emocional. E, sim, com frequência causam obesidade.

No entanto, é bom a gente deixar claro que a recíproca nem sempre é verdadeira: quem tem obesidade na maioria das vezes não apresenta transtorno alimentar de nenhuma espécie. E, aliás, a obesidade tampouco é um transtorno psiquiátrico.  
 
De todo modo, claro que o psicólogo será sempre um parceiro bem-vindo — inclusive, do psiquiatria que cuida desses casos.⁸

1. Lottenberg AM, Monica B, Fujiwara C, Bressan Pepe R, Cintra D, Marcondes Machado R, et al. Lottenberg AM, Bressan Pepe R, Fujiwara C, Beyrutti M, editors. Abeso; 2022. Disponível em: https://abeso.org.br/wp-content/uploads/2022/11/posicionamento_2022-alterado-nov-22-1.pdf. Último acesso em 15/12/2024. 
2. Lawlor ER, Islam N, Bates S, Griffin SJ, Hill AJ, Hughes CA, et al. Third-wave cognitive behaviour therapies for weight management: A systematic review and network meta-analysis. Obes Rev. 2020;21(7):e13013. 
3. Patsalos O, Keeler J, Schmidt U, Penninx BWJH, Young AH, Himmerich H. Diet, Obesity, and Depression: A Systematic Review. J Pers Med. 2021 Mar 3;11(3):176. doi: 10.3390/jpm11030176. PMID: 33802480; PMCID: PMC7999659. 
4. Kornacka M, Czepczor-Bernat K, Napieralski P, Brytek-Matera A. Rumination, mood, and maladaptive eating behaviors in overweight and healthy populations. Eat Weight Disord. 2021 Feb;26(1):273-285. 
5. Pearl RL, Wadden TA, Bach C, Gruber K, Leonard S, Walsh OA, Tronieri JS, Berkowitz RI. Effects of a cognitive-behavioral intervention targeting weight stigma: A randomized controlled trial. J Consult Clin Psychol. 2020 May;88(5):470-480. 
6. Burgess E, Hassmén P, Welvaert M, Pumpa KL. Behavioural treatment strategies improve adherence to lifestyle intervention programmes in adults with obesity: a systematic review and meta-analysis. Clin Obes. 2017;7(2):105-14. 
7. Jacob A, Moullec G, Lavoie KL, Laurin C, Cowan T, Tisshaw C, et al. Impact of cognitive-behavioral interventions on weight loss and psychological outcomes: A meta-analysis. Health Psychol. 2018;37(5):417-32. 
8. Segal A, Gil P, Appolinário JC, Floresi AC. Transtornos Alimentares e Obesidade [Internet]. Segal A, editor. Abeso; 1AD [cited 2024 Nov 6]. Disponível em: https://abeso.org.br/wp- content/uploads/2023/11/ebook_transtornosalimentares.pdf Último acesso em 15/12/2024.  

Esta imagem possui modelos e não pacientes reais. Para uso educacional apenas. Converse com seu médico para aconselhamento.