Você sabia que a medição da cintura pode ser um indicador significativo do seu estado de saúde? A medida do abraço tem tudo a ver com a nossa saúde e é, inclusive, um sinal vital¹.
Publicado em: 26 de Setembro
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O acúmulo de gordura visceral, que é aquela que se concentra na região do abdome² e é identificada pela circunferência abdominal, é um fator agravante para várias doenças crônicas, como diabetes, hipertensão³ e problemas cardíacos⁴. Isso se dá porque essa gordura abdominal tem maior caráter inflamatório⁵.
O consenso nas pesquisas é de que os valores normais da circunferência abdominal devem ser, para os homens, no máximo 102 centímetros e, para as mulheres, 88 centímetros¹. Acima disso, o tamanho da circunferência abdominal já passa a ser considerado perigoso e a apresentar riscos à ⁶.
Uma alimentação desequilibrada, bem como o sedentarismo, são alguns dos fatores associados ao aumento da gordura visceral e, consequentemente, da circunferência abdominal.
Como cada paciente tem um padrão diferente, é difícil afirmar exatamente quantos quilos se deve perder para reduzir 1 centímetro de barriga. A perda de peso, inclusive, deve acontecer de forma adequada e respeitando a rotina do paciente. O emagrecimento saudável é essencial para evitar o desenvolvimento dessas doenças associadas, e uma boa alimentação, alinhada à prática de atividades físicas e acompanhamento profissional podem ajudar nessa jornada.
Por isso, é importante sempre consultar um médico caso identifique que sua circunferência abdominal está acima do ideal.
1. Ross R, Neeland IJ, Yamashita S, Shai I, Seidell J, Magni P, et al. Waist circumference as a vital sign in clinical practice: A consensus statement from the IAS and ICCR working group on visceral obesity. Nature Reviews Endocrinology. 2020 Mar 1;16(3):177–89.
2. Pinho CPS, Diniz A da S, Arruda IKG de, Batista Filho M, Coelho PC, Sequeira LA de S, et al. Prevalência e fatores associados à obesidade abdominal em indivíduos na faixa etária de 25 a 59 anos do Estado de Pernambuco, Brasil. Cadernos de Saúde Pública. 2013 Feb;29(2):313–24.
3. Coutinho T, Goel K, Corrêa de Sá D, Kragelund C, Kanaya AM, Zeller M, et al. Central Obesity and Survival in Subjects With Coronary Artery Disease. Journal of the American College of Cardiology. 2011 May;57(19):1877–86.
4. Després JP. Excess visceral adipose tissue/ectopic fat the missing link in the obesity paradox? Journal of the American College of Cardiology [Internet]. 2011 May 10 [cited 2023 Dec 28];57(19):1887–9. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/21545945/
5. Ribeiro Filho FF, Mariosa LS, Ferreira SRG, Zanella MT. Gordura visceral e síndrome metabólica: mais que uma simples associação. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia. 2006 Apr;50(2):230–8.
6. Expert Panel on Detection, Evaluation, and Treatment of High Blood Cholesterol in Adults. Executive Summary of the Third Report of the National Cholesterol Education Program (NCEP) Expert Panel on Detection, Evaluation, and Treatment of High Blood Cholesterol in Adults (Adult Treatment Panel III). JAMA: The Journal of the American Medical Association. 2001 May 16;285(19):2486–97.
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