Descubra as principais causas do ganho de peso, desde fatores metabólicos até hábitos diários, e saiba como prevenir o excesso de peso de forma saudável.
Publicado em: 29 de Setembro
O ganho de peso é uma preocupação comum em todo o mundo, afetando milhões de pessoas independentemente da idade ou gênero. Embora muitas vezes associado à alimentação e ao sedentarismo, o processo pelo qual ganhamos peso é complexo e envolve múltiplos fatores biológicos, comportamentais e ambientais.
Este artigo vai falar em detalhes porque ganhamos peso, desvendando os mitos mais comuns e apontando caminhos para uma vida mais equilibrada e saudável.
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Ganhar peso acontece quando a quantidade total de massa no corpo aumenta além do que ele realmente precisa para funcionar corretamente no dia a dia. Essa massa adicional pode ser formada por diferentes tipos de substâncias, como gordura, tecido muscular ou até líquidos acumulados.
Porém, o que geralmente preocupa são os casos em que há um ganho excessivo de gordura, pois isso está ligado a vários problemas de saúde.
O processo de ganhar peso está diretamente relacionado ao chamado balanço energético. Esse conceito se refere à diferença entre a energia que ingerimos por meio dos alimentos e bebidas e a energia que nosso corpo gasta para realizar suas funções básicas, como manter os órgãos funcionando, além das atividades físicas diárias.
Se consumirmos mais energia do que o corpo usa, o excesso tende a ser armazenado, principalmente como gordura. O metabolismo, que é a velocidade com que o corpo queima calorias, desempenha um papel importante nesse processo e varia de pessoa para pessoa.
Mesmo que o metabolismo aumente com o peso, isso não garante que o ganho de peso será evitado, pois outros fatores externos, como alimentação, estresse e hábitos de vida, também influenciam esse equilíbrio.
O ganho de peso não depende apenas da quantidade de alimento consumida, mas de vários outros fatores que influenciam como o corpo armazena energia e responde aos estímulos do ambiente. Entender esses elementos ajuda a explicar por que algumas pessoas enfrentam mais dificuldades para manter o peso adequado do que outras.
Um aspecto essencial é a qualidade dos alimentos que ingerimos. Não basta apenas controlar a quantidade; o tipo de alimento faz grande diferença no efeito que ele terá no nosso organismo. Alimentos ultraprocessados, mesmo em pequenas quantidades, podem fornecer mais calorias vazias, como açúcares simples e gorduras prejudiciais, que são facilmente armazenadas como gordura. Por outro lado, alimentos naturais, ricos em nutrientes e fibras, promovem maior sensação de saciedade, ajudam a regular o metabolismo e evitam o consumo excessivo de calorias.
Por outro lado, alimentos naturais, ricos em nutrientes e fibras, promovem maior sensação de saciedade, ajudam a regular o metabolismo e evitam o consumo excessivo de calorias.
Outro fator influente é o estresse, especialmente quando ele se torna crônico. O estresse contínuo aumenta a produção de cortisol no organismo, um hormônio que estimula o corpo a guardar mais gordura, principalmente na região abdominal.
Por isso, mesmo pessoas que praticam exercícios regularmente e têm uma dieta balanceada podem ganhar peso se estiverem em situações de estresse constante, pois o efeito hormonal pode interferir diretamente na regulação do acúmulo de gordura.
Além disso, o nível de atividade física é decisivo. O sedentarismo diminui o gasto calórico diário, o que enfraquece o equilíbrio energético e facilita que as calorias consumidas se transformem em reservas corporais.
Portanto, manter-se ativo é fundamental para aumentar o consumo de energia e evitar o acúmulo excessivo de gordura no corpo.
O metabolismo basal representa a quantidade mínima de energia que nosso corpo precisa para realizar funções essenciais, como a circulação sanguínea, respiração, manutenção da temperatura corporal e funcionamento dos órgãos, mesmo quando estamos em repouso total.
Essa taxa metabólica varia significativamente de pessoa para pessoa, dependendo de fatores como a genética, a idade, o sexo e a composição corporal. Por exemplo, pessoas com maior massa muscular tendem a ter um metabolismo mais acelerado, pois o músculo exige mais energia para se manter do que a gordura.
Um metabolismo mais lento consome menos calorias em repouso, o que significa que o corpo queima energia de forma menos eficiente ao longo do dia. Isso pode facilitar o acúmulo de gordura, principalmente se a ingestão calórica for superior ao gasto energético causado por funções corporais e atividades diárias.
Pessoas com metabolismo lento podem encontrar mais dificuldade para perder peso, pois o corpo demanda menos energia para seu funcionamento, tornando essencial um cuidado maior com a alimentação e os níveis de atividade física.
No entanto, acelerar o metabolismo não é algo simples e geralmente requer mudanças consistentes no estilo de vida, incluindo uma alimentação equilibrada, prática regular de exercícios, sono adequado e equilíbrio hormonal.
A genética tem um papel importante na forma como cada organismo gerencia o peso corporal. Algumas pessoas são geneticamente predispostas a ganhar peso com mais facilidade porque seus corpos são programados para armazenar gordura de maneira eficiente e regular o apetite de forma que estimula o consumo maior de alimentos.
Essa predisposição pode influenciar inclusive a maneira como o metabolismo funciona e como o corpo responde a dietas e exercícios, fazendo com que o controle do peso exija abordagens personalizadas e estratégias específicas para cada indivíduo.
No Brasil, aproximadamente metade da população ultrapassa o limite calórico que seu corpo necessita para funcionar e realizar atividades diárias, consumindo mais calorias do que gasta. Essa tendência está relacionada às transformações atuais dos hábitos alimentares, que mudaram com o aumento do consumo de alimentos ultraprocessados e refeições rápidas, muito comuns no cotidiano moderno.
Esses alimentos são geralmente pobres em nutrientes essenciais e ricos em açúcares, gorduras ruins e sódio, o que incentiva o acúmulo de calorias e contribui diretamente para o ganho de peso progressivo.
A falta de fibras e a baixa ingestão de alimentos frescos na dieta têm consequências importantes para o controle do peso. As fibras promovem a sensação de saciedade, ajudando a reduzir a fome e a ingestão calórica ao longo do dia.
As fibras beneficiam a saúde da microbiota intestinal, o conjunto de bactérias e micro-organismos que vivem no intestino e influenciam o metabolismo do corpo e a forma como a gordura é armazenada. Quando a dieta é pobre em fibras e alimentos naturais, esse equilíbrio intestinal é prejudicado, podendo levar a um metabolismo menos eficiente e maior tendência ao acúmulo de gordura.
Além do tipo de alimento consumido, a forma como nos alimentamos também influencia o ganho de peso. Pular refeições pode levar a um descontrole do apetite e ao consumo exagerado em outras ocasiões. Comer em horários irregulares, principalmente ingerir muitas calorias no período da noite, dificulta a digestão e pode alterar o metabolismo natural do corpo.
O hábito de “beliscar” entre as refeições, especialmente alimentos calóricos e pouco nutritivos, também contribui para o aumento do total calórico diário, favorecendo o ganho de peso. Por isso, estabelecer uma rotina alimentar equilibrada e consciente é fundamental para evitar o excesso de peso e promover a saúde.
Além dos hábitos alimentares e do estilo de vida, diversos fatores relacionados à saúde podem contribuir para o ganho de peso, mesmo quando a pessoa mantém uma rotina equilibrada de exercícios e alimentação.
Essas condições de saúde e tratamentos médicos interferem diretamente no funcionamento do organismo, especialmente no metabolismo e na regulação dos sinais de fome e saciedade, o que pode levar ao aumento de gordura corporal.
Algumas doenças comuns interferem no equilíbrio do corpo e facilitam o ganho de peso. O hipotireoidismo, por exemplo, é uma disfunção da tireoide que reduz a produção de hormônios essenciais para o metabolismo, levando à diminuição do gasto energético e maior acúmulo de gordura.
A síndrome dos ovários policísticos, que afeta o balanceamento hormonal em mulheres, também está ligada a alterações no metabolismo e no apetite, dificultando o controle do peso.
Existem outros problemas hormonais e metabólicos que também impactam diretamente na capacidade do corpo de regular o peso, tornando necessário um acompanhamento médico para melhor diagnóstico e tratamento.
Alguns medicamentos utilizados para tratar diferentes condições de saúde podem causar ganho de peso como efeito colateral. Antidepressivos, por exemplo, muitas vezes alteram o apetite e o metabolismo, fazendo com que a pessoa sinta mais fome ou tenha uma menor queima calórica.
Corticosteroides, usados para inflamações e doenças autoimunes, também estão entre os medicamentos que podem levar à retenção de líquidos e ao aumento do tecido adiposo.
Por isso, é fundamental que pacientes que estejam em uso desses medicamentos façam acompanhamento regular com profissionais de saúde para mitigar esses efeitos e ajustar o tratamento, sempre que necessário.
Para evitar o ganho de peso excessivo, é fundamental entender as diversas causas que o provocam, pois isso permite adotar estratégias mais eficazes e personalizadas. O controle do peso envolve mudanças no estilo de vida que abrangem alimentação, atividade física, manejo emocional e cuidados médicos.
Uma das principais formas de prevenir o excesso de peso é manter uma alimentação balanceada, focada em alimentos naturais, frescos e de boa qualidade nutricional. Esses alimentos ajudam a fornecer os nutrientes necessários, promovem saciedade e evitam o consumo excessivo de calorias vazias.
Paralelamente, a prática regular de atividades físicas é essencial para aumentar o gasto energético, melhorar o metabolismo e fortalecer a musculatura, que também contribui para acelerar o metabolismo basal.
A combinação desses dois fatores mantém o equilíbrio entre o que é consumido e o que é gasto pelo organismo, favorecendo o controle saudável do peso.
Outro aspecto muito importante é o gerenciamento do estresse. O estresse crônico provoca o aumento de hormônios que estimulam o armazenamento de gordura e a sensação de fome excessiva. Além disso, dormir bem e ter uma rotina de sono adequada são essenciais para o funcionamento correto do metabolismo e para a regulação hormonal que afeta o peso.
Sem um sono reparador, há maior risco de desregulação do apetite e do metabolismo energético, o que pode levar ao ganho de peso mesmo com alimentação e exercícios adequados.
Contar com o acompanhamento profissional para avaliar o metabolismo, identificar possíveis condições médicas que influenciem o ganho de peso e garantir que as estratégias adotadas estejam adequadas às necessidades individuais é extremamente importante.
Consultas regulares com médicos, nutricionistas e outros profissionais de saúde ajudam a monitorar fatores invisíveis que impactam o peso, permitindo intervenções precoces e eficazes. Em conjunto com hábitos saudáveis, esse cuidado integral aumenta as chances de um controle de peso duradouro e seguro.
Ganhar peso é resultado de uma complexa interação entre fatores metabólicos, comportamentais, genéticos, ambientais e de saúde. O entendimento desse processo vai além da simples ideia de comer menos e se exercitar mais, exigindo atenção à qualidade alimentar, ao controle do estresse, à regularidade dos hábitos e ao cuidado médico. Assim, evitar o ganho excessivo de peso torna-se possível por meio de escolhas conscientes e hábitos equilibrados.
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