A insuficiência cardíaca congestiva é um distúrbio que acontece quando o coração perde a capacidade de bombear sangue com eficiência, comprometendo o funcionamento de diversos órgãos do corpo. Pode parecer assustador, especialmente no momento do diagnóstico, mas com informação e cuidados adequados, é possível conviver com a doença e manter qualidade de vida³.
Publicado em: 23 de Julho
Esse problema pode surgir de forma progressiva ou repentina, e afeta, aproximadamente, 1 a 2 milhões de pessoas no Brasil¹. Em muitos casos, ela está relacionada a condições anteriores, como hipertensão, infarto, doenças cardíacas coronárias, cardiomiopatias ou alterações nas válvulas do coração³.
Mas afinal, o que leva uma pessoa a ter insuficiência cardíaca?
A causa pode estar ligada a fatores genéticos, inflamações, consumo excessivo de álcool, doenças autoimunes, infecções, efeitos colaterais de medicamentos e até complicações de outras doenças crônicas, como diabetes³. Esses elementos afetam o músculo cardíaco e diminuem sua força ou sua capacidade de relaxar e se encher de sangue.
Quais são os primeiros sinais de insuficiência cardíaca?
Os sintomas podem variar muito de pessoa para pessoa, mas entre os mais comuns estão:
Em estágios iniciais, esses sinais podem ser sutis. Por isso, é essencial estar atento ao corpo e buscar avaliação médica diante de qualquer mudança persistente.
Quando a insuficiência cardíaca é grave?
A doença se torna mais preocupante quando os sintomas limitam as atividades do dia a dia, como caminhar, subir escadas ou até mesmo dormir. Também é considerado um estágio mais crítico quando há necessidade frequente de internações e aumento da dificuldade para respirar em repouso³.
Para confirmar o diagnóstico, o médico avalia o histórico clínico, os sintomas e solicita exames como ecocardiograma, eletrocardiograma e exames laboratoriais. Um deles é o BNP ou pró-BNP, hormônio liberado pelo coração em situações de estresse, que ajuda a indicar a gravidade do quadro³. Ou seja, se você se perguntou qual exame detecta insuficiência cardíaca, essa é uma das principais ferramentas, associada aos exames de imagem.
Apesar de não ter cura em muitos casos, a insuficiência cardíaca pode ser tratada e controlada. O plano terapêutico inclui medicamentos para aliviar os sintomas e melhorar a função cardíaca, mudanças no estilo de vida, como prática de exercícios físicos supervisionados e controle rigoroso da ingestão de sal e líquidos³. Em alguns casos, pode ser necessário o uso de dispositivos como marcapasso ou, em situações mais graves, considerar o transplante cardíaco ou uso de ventrículos artificiais.
Mais do que isso, o acompanhamento com equipe multidisciplinar e o autocuidado fazem toda a diferença no tratamento. Ajustes na rotina, atenção aos sinais e o apoio de familiares e profissionais são pilares para uma vida mais equilibrada, mesmo com o diagnóstico.
A insuficiência cardíaca é uma doença do coração que exige vigilância, mas não impede a vida de seguir com dignidade, propósito e bem-estar.
1. Associação Brasileira dos Amigos da Fibrose Cística (ABRAF). Insuficiência cardíaca – apoio, tratamento e doação de medicamentos (acesso em jul. 2025). Disponível em: https://abraf.ong/insuficiencia-cardiaca/
2. Heart Failure Matters. Sociedade Europeia de Cardiologia. O que é a insuficiência cardíaca? (acesso em jul. 2025). Disponível em: https://www.heartfailurematters.org/pt-pt/o-que-e-a-insuficiencia-cardiaca/introducao/
3. Hospital Israelita Albert Einstein. Glossário de Saúde: Insuficiência cardíaca (acesso em jul. 2025). Disponível em: https://www.einstein.br/n/glossario-de-saude/insuficiencia-cardiaca
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