Derrame pleural: o que é, como acontece e como tratar

Publicado em: 15 de Agosto

Nossos pulmões são envolvidos por uma membrana dupla com um pequeno espaço entre as duas faces: a cavidade pleural.  A face interna (que encosta no pulmão) chama-se pleura visceral e a face externa (que encosta na caixa torácica) chama-se pleura parietal. Nesse pequeno espaço entre elas,  existe um líquido pleural claro e transparente que funciona como lubrificante e evita atritos quando respiramos. Normalmente o próprio corpo produz e absorve esse líquido, mantendo um equilíbrio natural. Mas quando esse equilíbrio falha e o líquido aumenta de forma atípica, o nome disso é derrame pleural.¹

Quais as principais causas do derrame pleural?

Esse tipo de derrame acontece como uma resposta do corpo a diversas condições, entre elas infecções, doenças cardíacas e pulmonares, cirurgias e traumas torácicos,¹ sendo que as causas mais comuns são o câncer, pneumonia, embolia pulmonar e insuficiência cardíaca congestiva, quando o coração está fraco demais para suprir as necessidades do corpo.²

Para realizar um diagnóstico mais preciso do derrame pleural os médicos retiram uma amostra do líquido entre as pleuras e realizam análises em laboratório. Com os resultados é possível saber o tipo de derrame que ocorreu: transudato ou exsudato.²

Derrames do tipo transudato acontecem pelos seguintes motivos:

• Problemas Cardiovasculares
• Cirrose 
• Problemas nos rins e tratamentos de diálise

Derrames do tipo exsudato acontecem em casos de:

• Sepse e pneumonia
• Tuberculose
• Infecções virais: respiratórias, nos rins e cardíacas
• Fungos e parasitas
• Câncer de pulmão e tumores
• Inflamações e abscesso no estômago
• Escleroterapia esofágica: procedimento para tratar veias dilatadas no esôfago
• Doenças autoimunes
• Alguns pós-operatórios
• Alguns medicamentos
• Amiloidose, rompimento do esôfago e exposição ao amianto³

Quando a causa de um derrame pleural não é identificada, ele é chamado de derrame pleural idiopático.¹

Sintomas e tratamentos do derrame pleural

Os sintomas podem variar de acordo com a quantidade de líquido acumulado na pleura e manifestam-se normalmente com dor no peito (dor torácica pleurítica) , desconforto respiratório ou falta de ar (dispneia), em casos mais graves.  Em relação ao tratamento,  os primeiros socorros visam aliviar os sintomas e podem ser feitos com toracocentese terapêutica: um procedimento que drena o líquido da pleura para aliviar a pressão nos pulmões. Depois da análise do líquido pleural, o tratamento vai variar de acordo com o diagnóstico.¹